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"Reconhecemos a necessidade de baixar o IRS e é isso que faremos", promete Mariana Vieira da Silva

Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência
Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência
Ana Baiao

Número dois do Governo critica PSD, mas assume condições para baixar impostos. E salienta que Marcelo não encontrou inconstitucionalidades no pacote Mais Habitação

"Reconhecemos a necessidade de baixar o IRS e é isso que faremos", promete Mariana Vieira da Silva

Eunice Lourenço

Editora de Política

“Reconhecemos a necessidade – agora que o país pode fazé-lo- - de baixar o IRS e é isso que faremos” - o reconhecimento e o compromisso é de Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, número dois do Governo, mas na sua posição de primeira-ministra em funções. É ela quem está a substituir António Costa nas férias do chefe de Governo.

Em visita ao Algarve, para inaugurar a FATACIL - Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa, Mariana Vieira da Silva comentou as propostas de descida de impostos, apresentadas pelo PSD, na Festa do Pontal. A chefe do Governo em exercício reconheceu a possibilidade de descida do IRS, como os sociais defendem.

O Governo, no entanto, continua a remeter as propostas fiscais para o Orçamento do Estado, enquanto a proposta que o PSD quer discutir a 20 de setembro, inclui uma descida do IRS já de 2023. E a ministra, como já o fizeram dirigentes do PS e o secretário de Estado Adjunto, aproveitou para criticar e apontar incoerências aos sociais-democratas. “Aquilo que também sabemos é que aquilo que quando o PSD está na oposição aquilo que promete é baixar impostos e que sempre que esteve no governo nos últimos anos o que fez foi subi-los e de forma brutal”, acusou em declarações aos jornalistas.

Mariana Vieira da Silva também aproveitou também para dizer que “não tem havido subida de impostos” e o o aumento da carga fiscal se deve sim “a um aumento significativo do emprego e dos salários”.

Questionada também sobre o pacote Mais Habitação, que aguarda decisão do Presidente da República, já anunciada para segunda-feira, a ministra disse agora o tempo é do Presidente e, portanto, é preciso “aguardar” para saber qual a análise de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas também assinalou que “estão afastadas” as dúvidas de inconstitucionalidade, como o PR anunciou na quinta-feira.

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