“A Iniciativa Liberal (IL) não acrescenta nada, só leva problemas” - era assim que na semana passada um dirigente do CDS reagia ao Expresso perante a possibilidade de a IL entrar para um eventual governo AD. Isto ainda antes da previsão do comentador e conselheiro de Estado Luís Marques Mendes de que os liberais podem ter dois ministros. O CDS e o PSD têm um acordo pré-eleitoral que vigora, pelo menos, até às eleições autárquicas de 2025 e estão incomodados com tal possibilidade que os ultrapassaria. Já na IL, o tempo é de expectativa: o partido tem feito questão de ir sozinho a eleições, recusou fazer parte da AD e já tem um cabeça de lista escolhido para as eleições europeias – o ex-líder Cotrim Figueiredo –, pelo que, entre os seus dirigentes, a dúvida é se Marques Mendes foi ou não porta-voz de um desejo de Luís Montenegro que pode significar uma estratégia de médio prazo de união da direita.
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