A caravana da AD acaba de estacionar em Bragança quando, no Café Lisboa, centro da cidade, dois homens discutem a situação política. “Eu faço tudo com a [mão] direita, benzo-me com a direita, como com a direita, ia agora votar na esquerda?”, conta António, um voto garantido para Montenegro. “Este aqui é um ‘venturinha’”, diz ele acerca do amigo sentado ao lado, Eduardo, que reage com um sorriso. “É dos homens mais ricos da cidade e, mesmo assim, o ‘Venturinha’ promete uma pensão de 800 euros e ele vai a correr votar.”
Eduardo não reage às provocações, ri-se timidamente, e depois arrisca um “ele [Ventura] faz falta, mas na oposição”. Expansivo, António continua. “Aqui estamos lixados, aquela ali é outra ‘venturinha’”, afirma, na direção da funcionária de balcão que agora atravessa o café. António admite que, “se soubesse que ele faz a limpeza que promete, votava nele”. Mas tem outro diminutivo para André Ventura: o ‘promessinhas’.
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