As ameaças de chuva concretizaram-se momentos antes de Paulo Raimundo chegar a Alverca do Ribatejo, esta segunda-feira. E já não parou, agigantando o pequeno troço escolhido pela CDU para colocar o líder comunista nas ruas, pela primeira vez na campanha oficial. “Está tudo mal, nunca esteve tão mal” ouviu-se de um dos comerciantes, “vai andando devagarinho” ouviu-se de outros. “Boa sorte”, desejou uma das clientes da farmácia local. “Precisamos de sorte e apoio”, respondeu Paulo Raimundo, de sorriso rasgado, num dos breves contactos. Num dos cafés da freguesia de Vila Franca de Xira, foi Jerónimo de Sousa que saltou para a campanha. “Onde é que ele anda? Está internado?”, perguntou um dos idosos. A pergunta inusitada recebeu uma resposta igualmente inesperada. “Está rijo e ainda há de aparecer. É melhor que seja o Jerónimo do que o Passos”, atirou Paulo Raimundo no dia em que o ex-líder do PSD se juntou a Luís Montenegro.
Antes, o líder comunista respondeu sobre o abaixo-assinado de cerca de 50 personalidades (entre as quais ex-dirigentes sindicais que se desfiliaram do PCP) que apelava ao voto na CDU e alertava para o risco de o partido desaparecer da Assembleia da República. “Só demonstra que a CDU está a crescer e a alargar todos os dias. Os que se afastaram agora voltam a dar esse apoio público à CDU que a nós muito nos honra, ainda por cima vindo de quem vem, gente com grande tradição de luta, do movimento sindical, da luta dos trabalhadores”.
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