No último mês e meio, vários sociais-democratas foram abordados, sondados ou mesmo convidados pelo Chega para uma eventual junção às listas do partido de André Ventura. E, apesar dos casos já confirmados de transferência direta, muitos bateram na trave. O tema tem marcado as conversas entre os deputados da bancada do PSD, muitos deles agastados com a “pesca à linha” feita pelo partido na Assembleia da República. “Os eleitores precisam de saber que o Chega não tem quadros”, diz um deputado social-democrata ao Expresso, que garante não ter sido convidado, mas que “jamais” aceitaria saltar de um lado para o outro. Frase que se ouve proferida por outros deputados cujos nomes começaram a correr pelos corredores do Parlamento, sobretudo depois de Luís Montenegro apresentar as listas de candidatos, que excluem muitos dos deputados da atual bancada.
O desconforto sentido com a confirmação do caso Maló de Abreu e com a forte possibilidade de também Rui Cristina, que deixou o PSD nos últimos dias da legislatura, poder ser candidato pelo Chega é agora evidente. “Mostram hipocrisia e falta de princípios”, acusa um deputado da bancada social-democrata, recorrendo à famosa frase de Groucho Marx: “É como se dissessem ‘estes são os meus princípios e, se não gostarem, tenho aqui outros’.”
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