
Presidente do Chega aposta em políticos com experiência, bases apontam contradição: "O André sempre disse que era preciso parar de escolher sempre os mesmos. E agora está a ir buscá-los…”
Presidente do Chega aposta em políticos com experiência, bases apontam contradição: "O André sempre disse que era preciso parar de escolher sempre os mesmos. E agora está a ir buscá-los…”
Jornalista
Até agora, os congressos do Chega tinham sido todos organizados de forma artesanal, em tendas mais ou menos robustas, duas vezes em seis meses por imposição do Tribunal Constitucional, em 2021. O partido estava em crescimento, mas era novo, essas costuras viam-se. Viana do Castelo, há 15 dias, trouxe uma diferença: aconteceu no centro cultural da cidade, um espaço amplo o suficiente para albergar cerca de 1500 pessoas, com entradas, saídas e divisórias bem delineadas, um terreno de jogo reservado apenas a delegados, um terceiro anel para a comunicação social muito afastado da ação política.
No entanto, a arquitetura do centro cultural de Viana do Castelo não disfarçou tudo: “Não percebo como é que alguém vem de outro partido, acaba de entrar e vai logo para as listas. Tinha de começar de baixo, mostrar trabalho e depois ir subindo”, lamentou um coordenador concelhio ao Expresso na noite da consagração de Ventura. “Era a mesma coisa que você ser do Benfica, mas percebe que o Sporting está quase a ganhar o campeonato e muda de equipa”, comparou, referindo-se a Nuno Simões de Melo, que abandonou a Iniciativa Liberal em abril e será o cabeça-de-lista do Chega pela Guarda.
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