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Legislativas 2024

“O namoro com o Chega durou um ano e no final do verão casámos”: os reforços de inverno que Ventura foi buscar para as eleições

“O namoro com o Chega durou um ano e no final do verão casámos”: os reforços de inverno que Ventura foi buscar para as eleições

André Ventura apostou em independentes e descontentes de outros partidos – PSD e IL – para criar o programa eleitoral, que será apresentado no Congresso este fim-de-semana, em Viana do Castelo. Depois, o líder quer levar esses nomes para o Parlamento

“O namoro com o Chega durou um ano e no final do verão casámos”: os reforços de inverno que Ventura foi buscar para as eleições

Tiago Soares

Jornalista

Fernando Silva conheceu André Ventura há vários anos, quando ambos eram docentes de Direito Penal na Universidade Autónoma. Em 2022, já depois de ter deixado o ensino, o líder do Chega convidou o antigo colega para partilhar as suas ideias sobre justiça e combate à corrupção nas jornadas parlamentares do partido, na Figueira da Foz. “Ele sabia que eu tinha ideias de direita, julgo que o convite terá sido por isso”, diz ao Expresso Fernando Silva, que foi presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (CPCJ) das Caldas da Rainha entre 2001 e 2007. Ao longo da carreira, o jurista habitou-se a ser convidado para debater com membros do PSD e do CDS-PP — “mas nunca numa perspetiva de dar contributos mais gerais”, ressalva. Com o Chega foi diferente. “Fui sendo convidado para expor as minhas ideias ao partido, senti abertura”, e a queda do Governo “precipitou a colaboração no programa eleitoral”, garante.

O programa eleitoral do Chega já está pronto e será apresentado este fim de semana, no congresso em Viana do Castelo que servirá para confirmar a liderança de Ventura. Assim, o líder vira agora as suas atenções para as listas de candidatos a deputados: “Há conversas com várias personalidades. Vamos ter uma lista forte com independentes e com pessoas oriundas de outros partidos”, garantiu esta quinta-feira, no Parlamento, sabendo que as sondagens indicam um crescimento eleitoral que se poderá traduzir numa bancada com 35 a 50 deputados (atualmente são 12).

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