Candidato do PAN alerta para poluição dos rios com mergulho no Tejo
Pedro Fidalgo Marques lembrou Marcelo Rebelo de Sousa que, há 35 anos, também mergulhou no rio numa campanha para a Câmara de Lisboa
Pedro Fidalgo Marques lembrou Marcelo Rebelo de Sousa que, há 35 anos, também mergulhou no rio numa campanha para a Câmara de Lisboa
O cabeça de lista do PAN às eleições do Parlamento Europeu mergulhou esta sexta-feira no rio Tejo, à semelhança do que fez Marcelo Rebelo de Sousa há 35 anos, para provar que a água daquela zona continua poluída.
A ação de campanha, que decorreu na praia de Algés, em Oeiras, visou mostrar aos eleitores que vão votar no domingo para eleger o Parlamento Europeu que o PAN "é único partido que vai fazer a diferença" na defesa do ambiente e que constitui "um voto responsável pela natureza e pelos animais", afirmou Pedro Fidalgo Marques.
A água "estava poluída. Muito poluída e fria", disse o candidato à saída do mergulho, lembrando que, "há 35 anos, houve uma promessa de Marcelo Rebelo de Sousa de que quatro anos depois a água deixaria de estar poluída", mas "continuamos a ter a água poluída".
O mergulho do agora Presidente da República foi dado enquanto candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa. Na altura, em agosto de 1989, o então candidato autárquico criticou a qualidade da água do rio e, apesar de não ter ganhado a eleição, conquistou uma grande notoriedade.
Esse não foi, segundo Pedro Fidalgo Marques, o principal objetivo da ação de hoje do PAN. "É mais do que isso [ganhar notoriedade], é uma ação para chamar a atenção para a importância dos rios", sublinhou, ainda com falta de fôlego, depois de nadar cerca de 30 metros até à costa.
"Mostrámos que é preciso ter um estatuto de proteção para os nossos rios", disse, reiterando que "votar no centrão PS/PSD não serve de nada", porque "continuamos com as promessas, [nomeadamente a do social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa de que iria despoluir o rio] por cumprir".
Também um eventual voto de protesto no Chega foi criticado pelo cabeça-de-lista do PAN, garantindo que o partido de extrema-direita "promete, promete e não faz nada". "O único voto que vai fazer a alternativa e vai fazer diferença é o voto no PAN", assegurou.
A comparação entre os dois candidatos -- com 35 anos de distância temporal -- serviu ainda para os jornalistas lembrarem Pedro Fidalgo Marques que Marcelo Rebelo de Sousa perdeu as eleições no ano em que mergulhou no Tejo, questionando o cabeça-de-lista do PAN sobre a eventualidade de enfrentar um mau presságio.
"Marcelo Rebelo de Sousa chegou a Presidente da República. Por isso, acho que não se pode dizer que seja um mau presságio", referiu Pedro Fidalgo Marques, acrescentando que o que gostaria era que Marcelo Rebelo Sousa, como Presidente da República, defendesse o que a Constituição diz".
"Marcelo Rebelo de Sousa jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição e o direito ao ambiente e à natureza continua por cumprir", acusou.
Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.
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