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Europeias 2024

Giorgia Meloni candidata-se a eurodeputada: não quer o lugar, mas promete que “Itália muda a Europa” enquanto ela vai mudando Itália

Primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, é cabeça de lista às eleições europeias pelo seu partido
Primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, é cabeça de lista às eleições europeias pelo seu partido
Remo Casilli/Reuters

O slogan da primeira-ministra italiana para as eleições de junho convida as direitas europeias a “uma mudança de rumo, que a Europa espera há muito tempo”. Se depender da também dirigente do grupo Conservadores e Reformistas Europeus, a União Europeia será o que a Polónia foi, o que a Hungria é e o que a Eslováquia será em breve

Rossend Domènech

correspondente em Roma

Joe Biden estava “cético”, diziam. Não obstante, em julho de 2023, quando a direitista e pós-fascista Giorgia Meloni, então nova chefe do Governo italiano, concluiu a sua primeira visita aos Estados Unidos, os diários do país e algum do Reino Unido escreveram que “tranquilizou o establishment europeu” e que “a direita italiana se alinhou com os Estados Unidos”. A imprensa definia a “anã”, como a própria se designa, como uma “grande primeira-ministra italiana”.

As razões são visíveis. Meloni está com a NATO, com os Estados Unidos, com a União Europeia (UE) e a favor da Ucrânia. No aeroporto romano de Fiumicino, o maior de Itália, um passageiro bom observador verá aviões de carga Antonov ucranianos pousar, e é improvável que o façam com propósito turístico.

Nenhum dos jornais noticiou, porém, o que já sucedia dentro de portas, em Itália. Foi preciso esperar um ano, que em política é uma eternidade, para que as publicações anglo-saxónicas, convictamente liberais, começassem a escrever artigos em tom inquieto.

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