Joe Biden estava “cético”, diziam. Não obstante, em julho de 2023, quando a direitista e pós-fascista Giorgia Meloni, então nova chefe do Governo italiano, concluiu a sua primeira visita aos Estados Unidos, os diários do país e algum do Reino Unido escreveram que “tranquilizou o establishment europeu” e que “a direita italiana se alinhou com os Estados Unidos”. A imprensa definia a “anã”, como a própria se designa, como uma “grande primeira-ministra italiana”.
As razões são visíveis. Meloni está com a NATO, com os Estados Unidos, com a União Europeia (UE) e a favor da Ucrânia. No aeroporto romano de Fiumicino, o maior de Itália, um passageiro bom observador verá aviões de carga Antonov ucranianos pousar, e é improvável que o façam com propósito turístico.
Nenhum dos jornais noticiou, porém, o que já sucedia dentro de portas, em Itália. Foi preciso esperar um ano, que em política é uma eternidade, para que as publicações anglo-saxónicas, convictamente liberais, começassem a escrever artigos em tom inquieto.
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