Autárquicas 2025

Oeiras: coligação que junta Livre, BE e Volt quer combater “bullying” e “falta de transparência“ do “isaltinismo”

Carla Castelo, acompanhada da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, durante uma visita ao centro de Algés, em fevereiro de 2024
Carla Castelo, acompanhada da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, durante uma visita ao centro de Algés, em fevereiro de 2024
FILIPE AMORIM

Coligação acusa Isaltino Morais de “falta de integridade e transparência”

Dirigentes do Livre, Bloco de Esquerda e Volt, partidos que compõem a coligação autárquica "Evoluir Oeiras", acusaram este domingo o presidente da Câmara, Isaltino Morais, de "bullying" e falta de transparência, propondo-se a combater o que denominaram de "isaltinismo".

Na apresentação da candidatura autárquica "Evoluir Oeiras", uma coligação entre o Livre, Bloco de Esquerda (BE) e Volt Portugal, encabeçada pela vereadora independente Carla Castelo, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, acusou o atual executivo camarário de "falta de integridade" e deixou uma questão.

"Às vezes as pessoas pelo país perguntam-se, mas será que Oeiras, consabidamente o concelho do país que tem maiores níveis de qualificação, deseja continuar assim? É mesmo disto que os oeirenses gostam? Eu estou absolutamente convencido que não é disto que os oeirenses gostam", afirmou.

Fabian Figueiredo, dirigente nacional do BE que esteve em representação da coordenadora Mariana Mortágua - que está numa flotilha humanitária que se dirige a Gaza -, definiu o 'isaltinismo' como "um movimento político que, infelizmente, tomou conta também do Partido Socialista e do PSD" e "ocupou praticamente a totalidade dos partidos nacionais, com honrosas exceções".

Deixando largos elogios à cabeça de lista, Carla Castelo, Fabian Figueiredo disse conhecer vários autarcas pelo país, mas poucos "que foram tão atacados, perseguidos e que, apesar desse 'bullying' permanente, nunca hesitaram e nunca a dobraram".

"Carla Castelo, com a sua determinação, qualificou a democracia em Oeiras. Porque o poder pode ser de esquerda, pode ser de direita, mas nenhum poder é magnânimo e competente ao ponto de não merecer uma oposição", defendeu.

Considerando que em Oeiras se joga não apenas o futuro do concelho mas também da "democracia local portuguesa", Fabian Figueiredo criticou Isaltino Morais por usar dinheiros do orçamento municipal para financiar a sua estratégia de redes sociais.

"Isaltino Morais só conhece duas pautas: ou dançam todos de acordo com a sua música, ou então é para renegar, para afastar e para humilhar", atirou.

Inês Bravo Figueiredo, do Volt Portugal, também criticou a "opacidade" e "falta de transparência" do atual executivo camarário.

A copresidente deste partido salientou que os membros da coligação, que já foi a votos há quatro anos, continuaram a insistir nas suas propostas e "denúncias" mesmo quando lhes disseram "para aceitar que em Oeiras se rouba, mas pelo menos as coisas aparecem feitas".

Nas últimas eleições autárquicas, em 2021, a coligação Evoluir Oeiras obteve 7,27 % dos votos, elegendo Carla Castelo.

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