Moedas diz que entregou a "melhor lista para servir os lisboetas" e promete "mudar ainda mais a cidade"
Lista da coligação com CDS e IL inclui uma atual vereadora em Oeiras e só mantem um dos atuais vereadores em lugar elegível
Lista da coligação com CDS e IL inclui uma atual vereadora em Oeiras e só mantem um dos atuais vereadores em lugar elegível
O presidente da Câmara de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas, oficializou esta segunda-feira a recandidatura à autarquia, pedindo "humildemente" que os eleitores lhe deem a vitória, por considerar que lidera "a melhor lista para servir os lisboetas". "Foram anos muito duros, obviamente. Anos em que tive minoria e obviamente cada voto conta, mas aquilo que humildemente sempre peço aos lisboetas é que nos deem a vitória. Queremos ganhar, somos aqueles que melhor podemos servir os lisboetas, que sabemos melhor, que temos essa experiência", disse Carlos Moedas, após a entrega das listas no Tribunal Cível de Lisboa da coligação PSD/CDS-PP/IL.
O autarca, que governa a Câmara em minoria desde 2021, destacou que os lisboetas "sabem quem são estas pessoas" e o que representa a lista que candidata, "que se pauta pela excelência, pela experiência e também pela independência", com pessoas com mais de dez anos de experiência autárquica e no setor público. Mas, acrescentou, também com independentes e do setor privado, "pessoas que têm especialidade naquilo que sabem fazer, desde o urbanismo à engenharia, à área social, à justiça, aos espaços verdes, àquilo que é a limpeza da cidade". A nova lista de Moedas representa uma renovação quase total, com apenas um vereador da atual equipa - Diogo Moura, indicado pelo CDS - a manter-se em lugar elegível.
Em resposta a acusações de abandono da cidade nos últimos quatro anos, pela coligação encabeçada pela socialista Alexandra Leitão, Carlos Moedas salientou que é a candidata que representa "o abandono de 14 anos da cidade", referindo-se ao período anterior a 2021, quando a autarquia era governada pelo PS. "É óbvio que em quatro anos não conseguimos corrigir 14 anos, mas aquilo que fizemos mudou a cidade e aquilo que vamos fazer a partir de hoje ainda vai mudar mais a cidade", nomeadamente na habitação, considerou.
Moedas reafirmou que entregou 2 700 casas durante o seu mandato, embora "outros candidatos - o caso dos socialistas -", falem que este foi o legado deles. "Eu, quando cheguei, tinha 200 e pico casas em construção. Neste momento, nós temos 1.000 casas em construção. Portanto, aquilo que deixamos para o futuro [...] é muito mais do que aquilo que eu recebi. [...] Quando temos 14 anos em que a cidade esteve parada, em que não se fez habitação, em que não se tratou das pessoas, é óbvio que em quatro anos ainda temos muito trabalho e é por isso que estamos aqui com a energia renovada para continuar esse trabalho", afirmou.
Margarida Mano, ex-ministra da Educação e Ciência do Governo de Passos Coelho, é a candidata da coligação PSD/CDS-PP/IL a presidente da Assembleia Municipal. E acompanhou Moedas na entrega das listas, onde tinha do outro lado Joana Batista, independente indicada pelo PSD e que atualmente é vereadora em Oeiras.
Carlos Moedas afirmou ainda a solidariedade de Lisboa com os municípios assolados por incêndios no resto do país, destacando que podem sempre contar com o Regimento de Sapadores Bombeiros. "Eu sou o presidente da Câmara de Lisboa, a minha responsabilidade é sobre a cidade de Lisboa, mas é também uma responsabilidade de solidariedade com os meus colegas e eu penso que eles sabem que podem contar comigo e que podem contar com os bombeiros de Lisboa", disse.
No atual mandato (2021-2025), a Câmara Municipal de Lisboa é presidida por Carlos Moedas, que governa sem maioria absoluta, eleito pela coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança). A coligação de direita tem sete eleitos, o mesmo número do que a lista "Mais Lisboa" (PS/Livre), enquanto a CDU (PCP/PEV) tem dois e o BE um.
Para as eleições autárquicas de 12 de outubro foram anunciadas as candidaturas à presidência da Câmara de Lisboa de Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU), Ossanda Líber (Nova Direita), Bruno Mascarenhas (Chega), José Almeida (Volt) e Adelaide Ferreira (ADN).
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