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Defesa

NATO volta a salvar-se de Trump, mas Macron avisa para “aberração” transatlântica

O Presidente francês Emmanuel Macron, o Chanceler alemão Friedrich Merz, o Presidente polaco Andrzej Duda, o Primeiro-Ministro grego Kyriakos Mitsotakis, o Primeiro-Ministro português Luís Montenegro (da esquerda para a direita, atrás); o chefe da NATO Mark Rutte, o Presidente dos EUA Donald Trump e o Primeiro-Ministro britânico Keir Starmer (da esquerda para a direita, à frente) posam para uma foto de grupo no World Forum antes da Cimeira da NATO em Haia, Países Baixos
O Presidente francês Emmanuel Macron, o Chanceler alemão Friedrich Merz, o Presidente polaco Andrzej Duda, o Primeiro-Ministro grego Kyriakos Mitsotakis, o Primeiro-Ministro português Luís Montenegro (da esquerda para a direita, atrás); o chefe da NATO Mark Rutte, o Presidente dos EUA Donald Trump e o Primeiro-Ministro britânico Keir Starmer (da esquerda para a direita, à frente) posam para uma foto de grupo no World Forum antes da Cimeira da NATO em Haia, Países Baixos
KOEN VAN WEEL

O daddy Donald Trump volta para casa a dizer que fez os europeus pagar “à grande”, mas assim garante solidariedade na defesa coletiva. A NATO volta a sobreviver ao Presidente norte-americano, mas as tensões permanecem: Macron considera a guerra comercial uma “aberração” entre os aliados, a Ucrânia não é unânime e as metas do investimento militar são flexíveis para não se gastar tudo antes das próximas presidenciais nos Estados Unidos

Susana Frexes e Vítor Matos, em Haia

A Cimeira da NATO de Haia, nos Países Baixos, foi ensaiada ao milímetro para o pano cair com Donald Trump a embarcar no Air Force One com uma vitória na bagagem, para exibir em Washington: os europeus e os canadianos aceitaram gastar 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa até 2035, e insuflaram-lhe o ego com tantos elogios que os Estados Unidos assinaram a declaração final reafirmando o compromisso com a defesa coletiva num quadro onde a Rússia e o terrorismo são as maiores ameaças. Para além da coreografia, no entanto, as tensões transatlânticas permaneceram vivas: uma guerra comercial que o Presidente francês, Emmanuel Macron, classificou como “uma aberração”, o tiro ao lado de Trump com a ameaça de aplicar tarifas a Espanha, e ainda as divergências na Ucrânia, ou a aprovação de gastos militares tão flexíveis que dão aos países margem para esperarem pelo próximo inquilino da Casa Branca, em 2029, antes de investirem tudo.

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