O agravamento da falta de pessoal no Exército arrisca afetar os compromissos internacionais de Portugal com as Forças Nacionais Destacadas (FND), num momento em que há uma guerra na Europa. Com cerca de 220 militares na Roménia, ao serviço da NATO, e com outros tantos na República Centro-Africana (RCA), debaixo do chapéu da ONU, é preciso assegurar a rotação das forças: um contingente no terreno, outro regressado, a descansar, e uma força a treinar para substituir a que está no teatro de operações (são mais de 1200 militares, sem contar com os serviços de apoio). Isto significa que o Exército tem o equivalente a 30% das praças empenhadas, com uma agravante: na RCA só rodam forças especiais, comandos e paraquedistas, onde se verifica um dos maiores défices, segundo dados do ramo. E os comandos não estão famosos.
“A progressiva redução do efetivo, designadamente na categoria de praças, tem resultado no incremento da taxa de esforço, com reflexos na componente operacional e na estrutura de apoio”, reconhece ao Expresso o porta-voz do general Eduardo Ferrão, chefe do Estado-Maior do Exército (CEME). Essa escassez de recursos humanos “poderá, a médio prazo, condicionar a prossecução dos compromissos internacionais em FND”, admite o próprio Exército, face à incapacidade da instituição para recrutar e reter os militares.
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