
O Ministro das Finanças fez um sprint no final do ano com recompra de dívida pública a privados e deu ordem às empresas públicas para pagarem o que pudessem e acelerassem resultados
O Ministro das Finanças fez um sprint no final do ano com recompra de dívida pública a privados e deu ordem às empresas públicas para pagarem o que pudessem e acelerassem resultados
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Jornalista
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Os últimos dias de 2023 foram ainda mais agitados do que o normal no Terreiro do Paço. Além dos foguetes do final do ano, no Ministério das Finanças, o objetivo de Fernando Medina era fazer o brilharete de sair de cena com a dívida pública abaixo de 100% do PIB — e deverá consegui-lo, apurou o Expresso. Para isso, o ministro das Finanças montou uma operação especial gigantesca que incluiu a recompra de títulos de dívida pública a privados, seguradoras e bancos, por um lado, e o pagamento antecipado de dívida das empresas públicas. Tudo sem mexer no seu objetivo de ter, também, um excedente histórico das contas públicas de pelo menos 0,8% do PIB.
Ao que o Expresso apurou, só no valor da recompra de dívida a privados que ia vencer mais tarde a operação pode ter chegado aos 3 mil milhões de euros (ver texto ao lado), a que se juntam os habituais pagamentos aos fornecedores do Serviço Nacional de Saúde e o pagamento de dívida de empresas públicas, com valor ainda por apurar mas “não negligenciável”.
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