Crise política

"Este não é o país que eu quero para os meus filhos”: as razões da Iniciativa Liberal para recusar a nova AD

"Este não é o país que eu quero para os meus filhos”: as razões da Iniciativa Liberal para recusar a nova AD
RUI MINDERICO/Lusa

“Quadradinho da IL tem de estar no boletim de voto” em março, afirmou este sábado Rui Rocha. Presidente da IL fez um apelo a todos os eleitores que não se sentem representados pelos partidos “antigos” ou populistas

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) afirmou hoje que o "quadradinho" do partido tem de estar no boletim de voto nas eleições de março para ser a escolha do portugueses que não se reveem nem nos partidos "antigos" nem nos partidos de protesto.

Num jantar com militantes em Braga, Rui Rocha sublinhou a intenção da IL de “transformar Portugal” num país onde seja possível “crescer pelo trabalho e pelo mérito”. O atual deputado quer acabar com a “sensação permanente de que as regras do jogo não são transparentes e estão viciadas à partida”, acrescentou.

"Não há nenhuma razão" para Portugal não ter níveis de desenvolvimento e de prosperidade iguais aos de muitos países na Europa, acrescentou, antes de adotar um tom pessoal: "Este não é o país que eu quero para os meus filhos", garantiu.

"E é por isso, e mesmo por isso, que o quadradinho da Iniciativa Liberal tem de estar lá no boletim de voto. Porque há muitos portugueses que já não se reveem em partidos antigos e não se reveem em partidos de protesto. Querem, procuram, exigem um partido que queira transformar Portugal", referiu.

Durante a campanha para as eleições legislativas de 10 de março, o líder da IL vai falar "cada vez menos" nos problemas do país e apostar em propostas para o futuro, garantiu.

Na área da Educação, sublinhou a necessidade de planos de recuperação "a sério", para não deixar ninguém para trás, e na recuperação do modelo dos contratos de associação, para que os alunos mais desfavorecidos tenham as mesmas oportunidades.

Quanto à habitação, defendeu a redução dos impostos sobre a construção, para levar mais casas para o mercado.

Disse ainda que quer um setor empresarial do Estado "com eficiência e só onde é estritamente necessário", sublinhando, desde logo, que não se deve injetar "nem mais um euro" na TAP.

Já campo da economia, defendeu que a IL quer ajudar as empresas a crescer, com uma política fiscal que deixe de penalizar aquelas que atinjam maior dimensão.

Na saúde, criticou o fim das parcerias público-privadas (PPP), prometendo retomá-las, designadamente no Hospital de Braga.

Ainda em relação a Braga, círculo por onde será cabeça-de-lista nas legislativas de 10 de março, Rui Rocha disse que o BRT, também conhecido por metrobus, "não vai resolver nenhum problema de mobilidade", adiantando que a solução passa pela aposta numa ferrovia que ligue os principais concelhos da região.

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