Unidos nas críticas ao Governo, PSD, IL e Chega fecharam o debate do OE2024, no Parlamento, com a censura do documento, mas, sobretudo, num tom de campanha eleitoral, com farpas ao primeiro-ministro e ao ciclo de oito anos de governação. O encerramento do debate orçamental esta quarta-feira transformou-se num balanço do executivo socialista, com destaque para o episódio que levou à demissão de António Costa, já de olhos postos nas legislativas. Mas, se coincide na narrativa, a direita diverge na estratégia: os sociais-democratas focaram-se nas críticas a António Costa e ao eventual sucessor, Pedro Nuno Santos, os liberais alfinetaram também o PSD, enquanto o Chega – sabendo que está a ser postos de fora da equação para possíveis entendimentos, apesar de as sondagens dizerem o contrário –, apelou a uma “direita diferente”.
“Escusam de inventar desculpas mal amanhadas sobre parágrafos. António Costa demitiu-se por uma razão: porque o seu Governo caiu por dentro, envolvido em casos mal explicados", atirou Joaquim Miranda Sarmento, líder da bancada do PSD, referindo-se ao parágrafo do comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a Operação Influencer, que levou à demissão do PM.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lpcoelho@expresso.impresa.pt