Pedro Nuno Santos não está no Congresso do PSD, não é sequer líder do PS, mas foi a figura principal do primeiro discurso de Luís Montenegro no 41.º Congresso social-democrata. O líder do PSD chamou-lhe “camarada Pedro” e desfiou um rol de ataques à ‘geringonça’, na qual Pedro Nuno foi decisivo, e ao “radicalismo” que ela representa, comparando-a ao “gonçalvismo”.
Como Carlos Moedas em Lisboa, Montenegro colocou-se ao centro, colou o PS à extrema-esquerda, de caminho atacando Bloco e PCP, e usou as palavras “extremismo e radicalismo” várias vezes. Mas também fez uma espécie de mea culpa. “Não são as pessoas que estão erradas quando não votam em nós, nós é que estamos errados quando não lhes damos argumentos para votarem em nós.” Com o PSD sem descolar, a julgar pelas sondagens, o líder avisou que é preciso trabalhar, porque “os portugueses ainda não absorveram” o que os sociais-democratas têm dito.
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