
António Costa iniciou contactos depois de primeira reunião em Belém. Mário Centeno era o trunfo para evitar crise política, e o Presidente não rejeitou à partida
António Costa iniciou contactos depois de primeira reunião em Belém. Mário Centeno era o trunfo para evitar crise política, e o Presidente não rejeitou à partida
O cenário de não convocação de eleições chegou a ser analisado pelo Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa “trabalhou nos dois cenários”, garantem ao Expresso em Belém. E foi essa abertura teórica às duas hipóteses, analisada na manhã de terça-feira pelo Presidente e pelo primeiro-ministro no palácio de Belém, que deu espaço a António Costa para desenvolver o plano que levava no bolso para tentar evitar eleições antecipadas, apresentando quatro nomes para assumirem o comando do Governo e garantirem o cumprimento da legislatura.
Costa jogou forte e quando somou aos nomes de Carlos César e Augusto Santos Silva os de Mário Centeno e António Vitorino, o Presidente ainda terá pestanejado — será que eles aceitavam? — tendo o primeiro-ministro saído de Belém disposto a iniciar contactos. Era preciso mostrar ao Presidente que havia unidade e estabilidade interna no PS para um nome daquele calibre. Ao que o Expresso apurou, o antigo ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, foi abordado para saber se tinha disponibilidade para assumir funções numa solução estilo Mario Draghi em Itália. Também Pedro Nuno Santos, que há muito se perfilava como candidato à sucessão, foi contactado com a indicação de que Marcelo aceitaria uma solução deste género em nome da estabilidade, face a um quadro internacional tão incerto.
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