A crise política veio apanhar o país na quinta das dez etapas semestrais em que se divide o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) 2021-2026.
Até outubro de 2023, Portugal cumpriu as metas necessárias para submeter quatro pedidos de pagamento à ‘bazuca’ europeia. E o próximo cheque é dos mais valiosos e exigentes em termos do cumprimento dos marcos e das metas que atestam o avanço das reformas e dos investimentos acordados com Bruxelas.
Certo é que o quinto cheque vale 3,2 mil milhões de euros: 1,9 mil milhões de euros em subvenções, mais 1,3 mil milhões de empréstimos que o país terá de devolver. Este é o montante em termos brutos, já que a Comissão Europeia costuma descontar adiantamentos entretanto transferidos para Portugal.
Dos dez cheques que o país pode receber entre 2021 e 2026, só há um maior do que este, lá para o final deste plano, que vale 22,2 mil milhões de euros em termos globais. Nenhum dos primeiros quatro cheques chegou a este valor.
Pedir o quinto cheque implica concretizar mais de 40 marcos e metas referentes a grandes e polémicos reformas e investimentos.
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