Política

Montenegro não "entra em diálogo" com Lucília Gago nem falou com líder do PS sobre sucessor

Montenegro não "entra em diálogo" com Lucília Gago nem falou com líder do PS sobre sucessor
JIM LO SCALZO

O primeiro-ministro afirmou que o Governo "não vai entrar em diálogo" com a procuradora-geral da República, sem comentar a sua entrevista, e disse não ter falado com o líder do PS sobre a sucessão de Lucília Gago

O primeiro-ministro afirmou que o Governo "não vai entrar em diálogo" com a procuradora-geral da República, sem comentar a sua entrevista, e disse não ter falado com o líder do PS sobre a sucessão de Lucília Gago.

Em declarações aos jornalistas antes de um jantar na residência oficial de Portugal em Washington, na terça-feira, no âmbito da cimeira da NATO, Luís Montenegro foi questionado sobre a entrevista de Lucília Gago, na segunda-feira à noite.

"Não vou fazer comentários, os partidos políticos disseram o que entenderam, o Governo não vai entrar num diálogo com a senhora procuradora-geral da República que está a exercer o seu mandato", afirmou.

Questionado se já entrou em diálogo com o líder da oposição, o secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos, sobre a sucessão de Lucília Gago, que está a meses de terminar o mandato, o chefe do Governo respondeu com uma palavra: "Não".

Em entrevista à RTP na segunda-feira à noite, a procuradora-geral da República afirmou que nunca ponderou demitir-se, defendeu que há "uma campanha orquestrada" contra o Ministério Público (MP) e considerou "indecifráveis e graves" as declarações da ministra da Justiça sobre pôr "ordem na casa" no MP.

Lucília Gago disse também que o inquérito no âmbito da 'Operação Influencer' que visa o ex-primeiro-ministro "ainda decorre", e negou qualquer "cuidado especial", indicando que António Costa foi tratado como qualquer outro face a uma denúncia ou suspeita de crime.

Em resposta a uma outra pergunta dos jornalistas, Montenegro reiterou o seu pesar pela morte da anterior procuradora, Joana Marques Vidal, que já tinha expressado através da rede social X na terça-feira, deixando a sua consternação pessoal e de todo o Governo.

"Foi, entre outras coisas procuradora-geral da República, mas teve uma carreira preenchidíssima em áreas que por vezes passam ao lado das pessoas, como a proteção de crianças em risco, de pessoas mais vulneráveis", disse.

Como PGR, considerou, deixou "muito boa memória pela sua competência e pela capacidade com que exerceu o seu mandato",

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