Política

António Costa pede para ser ouvido rapidamente pela Justiça: “Agora é tempo para que as suspeitas se esclareçam"

Tomada de posse do 24 governo. Antonio Costa.
Tomada de posse do 24 governo. Antonio Costa.
Nuno Fox

No final da cerimónia de tomada de posse do novo governo, o agora ex-primeiro-ministro anunciou que pediu ao advogado para avançar com um requerimento para ser ouvido com “a maior celeridade” para “esclarecer qualquer dúvida”

O antigo primeiro-ministro anunciou esta terça-feira que deu instruções ao seu advogado para apresentar um requerimento junto do coordenador do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça para que possa ser ouvido “com a maior celeridade possível”. “Não há nada pior do que haver uma suspeita e ela não ser esclarecida”, disse.

António Costa falou aos jornalistas à saída do Palácio da Ajuda, no final da cerimónia de tomada de posse do novo Governo. O ex-governante reiterou estar “totalmente disponível” para colaborar com a justiça para “esclarecer qualquer dúvida".

Em causa está o inquérito judicial que o visa e que foi instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça no âmbito da Operação Influencer, cuja divulgação determinou a queda do Governo.

O ex-primeiro-ministro respondia à pergunta sobre se ainda estava disponível para servir o país. “Estou muito grato aos portugueses” pela oportunidade de servir “durante tantos anos”, disse.

Voltou também a defender, tal como tinha feito aquando da sua demissão, que “quem está sujeito a uma suspeição pública deve preservar as instituições”. Mas sublinhou também: “Estou sempre disponível para servir Portugal, mas é tempo para que as suspeitas se esclareçam."

"Servimos sempre Portugal a partir da Europa porque Portugal é na Europa", acrescentou quando questionado especificamente sobre a disponibilidade para ocupar um cargo europeu.

Ao novo governo, o ex-governante desejou “as maiores felicidades” a Luís Montenegro. “A transição de pastas aconteceu de forma impecável”, acrescentou. Sobre o discurso de tomada de posse, limitou-se a considerá-lo “coerente” com o programa apresentado nas eleições.

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