O antigo primeiro-ministro anunciou esta terça-feira que deu instruções ao seu advogado para apresentar um requerimento junto do coordenador do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça para que possa ser ouvido “com a maior celeridade possível”. “Não há nada pior do que haver uma suspeita e ela não ser esclarecida”, disse.
António Costa falou aos jornalistas à saída do Palácio da Ajuda, no final da cerimónia de tomada de posse do novo Governo. O ex-governante reiterou estar “totalmente disponível” para colaborar com a justiça para “esclarecer qualquer dúvida".
Em causa está o inquérito judicial que o visa e que foi instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça no âmbito da Operação Influencer, cuja divulgação determinou a queda do Governo.
O ex-primeiro-ministro respondia à pergunta sobre se ainda estava disponível para servir o país. “Estou muito grato aos portugueses” pela oportunidade de servir “durante tantos anos”, disse.
Voltou também a defender, tal como tinha feito aquando da sua demissão, que “quem está sujeito a uma suspeição pública deve preservar as instituições”. Mas sublinhou também: “Estou sempre disponível para servir Portugal, mas é tempo para que as suspeitas se esclareçam."
"Servimos sempre Portugal a partir da Europa porque Portugal é na Europa", acrescentou quando questionado especificamente sobre a disponibilidade para ocupar um cargo europeu.
Ao novo governo, o ex-governante desejou “as maiores felicidades” a Luís Montenegro. “A transição de pastas aconteceu de forma impecável”, acrescentou. Sobre o discurso de tomada de posse, limitou-se a considerá-lo “coerente” com o programa apresentado nas eleições.
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