O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, assumiu na tarde desta quinta-feira que vai pedir o levantamento da imunidade (ao Conselho de Estado e à Assembleia Legislativa Regional) para poder responder na mega-investigação que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, que foi número dois do executivo regional.
Albuquerque, que também é presidente da Mesa do Congresso do PSD, e conselheiro de Estado, está a ser investigado pela obra do teleférico do Curral das Freiras, pelo licenciamento de um empreendimento imobiliário na Praia Formosa e por um concurso para autocarros.
Em declarações aos jornalistas, o dirigente social-democrata voltou a garantir que não de demite porque tem “a consciência tranquila”, mas reconheceu que o líder do PSD, Luís Montenegro, “está a acompanhar o caso”, embora isso não altere nada: “Mantenho a minha posição. Vou-me defender, não tenho nenhum estigma e tenho a consciência tranquila”, reafirmou.
O líder regional não admite sequer que esteja politicamente fragilizado e responde mesmo com uma frase que parece apontar para António Costa: “O que fragiliza é a cobardia de certas pessoas que, tendo a consciência tranquila, acham que não se devem defender e aceitar tudo o que vem nas primeiras páginas e nas redes sociais”.
Miguel Albuquerque diz querer “esclarecer tudo” à medida que o processo evoluir, mas sentado na cadeira do chefe do governo regional: “Tenho o direito de me defender e vou defender-me. Mas estamos dispostos a colaborar com a justiça.”
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