Operação começou com uma denúncia por um antigo deputado regional a propósito de negócios envolvendo o grupo Pestana
A operação que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e à constituição do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, de arguido por corrupção teve origem numa denúncia entregue ao DCIAP, em 2018, pelo antigo deputado regional Gil Canha.
Nessa denúncia era posta em causa a atribuição por ajuste direto, em 2016, de uma extensão de 10 anos na concessão da Zona Franca da Madeira à SDM (Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, SA), empresa então controlada pelo grupo Pestana. Na exposição que entregou ao Ministério Público, Gil Canha contava que Albuquerque vendeu no ano seguinte um empreendimento hoteleiro, a Quinta do Arco, por €3,5 milhões, a um fundo do grupo Pestana, acrescentando que poucos dias depois disso foi atribuído o estatuto de utilidade turística à propriedade que o presidente do Governo Regional acabara de vender. Na altura da transação, a Quinta do Arco acumulava dívidas de €1,4 milhões.
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