No discurso de abertura do segundo dia de trabalhos do Congresso, Carlos César deu continuidade àquilo que António Costa já tinha feito na intervenção de despedida. Contar a história da demissão do primeiro-ministro e da consequente queda do governo socialista de um prisma particular: António Costa não tinha outra hipótese senão demitir-se, mas Marcelo Rebelo de Sousa tinha a opção de não levar o país para novas eleições e escolheu não ir por aí.
“O país devia ter sido poupado a esta interrupção gerada pela decisão do Presidente da República de convocação de eleições antecipadas, porque é hoje amplamente reconhecido que, nas circunstâncias então difundidas, o primeiro-ministro fez o que lhe era institucionalmente requerido, mas o Presidente da República, em resposta, não fez o que politicamente era devido”, afirmou o reeleito presidente do PS, sublinhando que, apesar de tudo, o PS não vai deitar a toalha ao chão e não vai ser “prisioneiro das circunstâncias”. “O que lá vai, lá vai”, disse, desfazendo-se depois em elogios a Pedro Nuno Santos, pondo a era de António Costa para trás das costas.
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