Francisco Assis encabeça lista à Comissão Nacional do PS
Lista conjunta, negociada por Pedro Nuno Santos com José Luís Carneiro, terá Francisco Assis como primeiro nome. Carneiro tem direito a 35% dos restantes nomes indicados
Lista conjunta, negociada por Pedro Nuno Santos com José Luís Carneiro, terá Francisco Assis como primeiro nome. Carneiro tem direito a 35% dos restantes nomes indicados
Jornalista
Francisco Assis, rosto conotado com a ala moderada do PS, é o primeiro nome da lista única à Comissão Nacional que vai ser votada no congresso do PS, segundo fonte oficial do partido. Assis já tinha sido apoiante de Pedro Nuno Santos na campanha interna contra José Luís Carneiro, tendo aparecido mesmo ao lado de Pedro Nuno Santos no momento em que anunciou a sua candidatura. O apoio surpreendeu muitos socialistas, uma vez que o atual presidente do Conselho Económico e Social sempre foi um dos mais críticos da solução de “geringonça” encontrada por António Costa em 2015.
A escolha faz parte do acordo negociado entre Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro para a elaboração de uma lista conjunta à Comissão Nacional, órgão máximo do partido entre congressos, como sinal de unidade. José Luís Carneiro, que chegou a ser chefe de gabinete de Assis no Parlamento no início da sua carreira política, ficou com 35% da representatividade, com o primeiro nome da lista a ser, assim, uma escolha de Pedro Nuno Santos.
As listas concorrentes à Comissão Nacional do PS têm de ser apresentadas até às 17h00 de sábado, sendo depois votadas pelos delegados durante a manhã de domingo do congresso, que se realiza na Feira Internacional de Lisboa.
Francisco Assis foi candidato à liderança do PS em 2011, mas perdeu diante de António José Seguro. Depois, integrou o Secretariado Nacional de António José Seguro no período em que o PS esteve na oposição aos governos PSD/CDS liderados por Pedro Passos Coelho, entre 2011 e 2015. Em novembro de 2015, depois de os socialistas terem perdido as eleições legislativas para a coligação PSD/CDS, Francisco Assis opôs-se a formação de um Governo minoritário socialista, liderado por António Costa, suportado no parlamento pelo PCP, Bloco de Esquerda e PEV.
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