Política

Presidente da República quer mais crescimento económico e melhor distribuição da riqueza

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, faz compras como forma de contribuição para o Banco Alimentar contra a Fome, num supermercado em Lisboa, 30 de novembro de 2019
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, faz compras como forma de contribuição para o Banco Alimentar contra a Fome, num supermercado em Lisboa, 30 de novembro de 2019
José Sena Goulão
Apesar do apoio estatal do último ano, “essencial” para muitas pessoas, este " não substitui o problema do crescimento da economia e do aumento dos rendimentos dos portugueses", considerou Marcelo. É ainda necessário “distribuir melhor aquilo que é a riqueza criada”, disse o chefe de Estado

O Presidente da República considerou este sábado, 2 de dezembro, que a economia portuguesa tem de crescer mais para ser possível diminuir o número de pessoas em situação ou risco de pobreza e apelou também a uma melhor distribuição da riqueza.

"Temos de crescer mais. No ano passado crescemos muito, este ano começámos bem mas decresceu no segundo e terceiro trimestre", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas.

O chefe de Estado considerou também ser necessário "distribuir melhor aquilo que é a riqueza criada".

"As ajudas sociais que foram dadas pelo Governo ao longo do último ano e meio, dois anos, por causa da guerra da Ucrânia e a manutenção do custo de vida, tudo isso é uma compensação e para muitas pessoas é essencial, mas não substitui o problema do crescimento da economia e do aumento dos rendimentos dos portugueses", defendeu.

Marcelo Rebelo de Sousa acompanhou hoje a campanha de recolha do Banco Alimentar contra a Fome, como já é seu hábito, e visitou o armazém em Lisboa onde os alimentos são recebidos, contados e separados.

Questionado sobre os problemas na saúde e na educação, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que o próximo ano seja "mais calmo" nas escolas e que "o esquema de gestão do Serviço Nacional de Saúde, que arrancou atrasado, possa recuperar", destacando que "a saúde, a educação e a habitação são fundamentais para as pessoas".

O Presidente da República afirmou também que no próximo ano os portugueses "têm três momentos em que podem fazer as suas escolhas".

"Os portugueses dos Açores pode acontecer que sejam chamados a votos mais rapidamente, os portugueses em geral já se sabe que serão chamados a votos também dentro de alguns meses e depois os portugueses e os europeus em geral serão chamados a pensar a situação da Europa, de que depende muito a nossa situação", elencou.

Questionado se já tomou uma decisão quanto à situação nos Açores e à possibilidade de eleições antecipadas, Marcelo respondeu que é necessário esperar para "ver o que o Conselho de Estado diz no dia 11".

Durante a visita ao Banco Alimentar contra a Fome, o Presidente da República disse acreditar que este ano será possível bater o recorde das doações do ano passado e assinalou que esta campanha "vai dirigir-se a 500 mil pessoas".

O chefe de Estado lamentou que ainda exista "um milhão e 700 mil pessoas na zona da pobreza", e destacou a generosidade dos portugueses nesta campanha.

O Presidente considerou que "a pobreza mais chocante" é aquela que afeta particularmente crianças e idosos, mas assinalou também a existência de portugueses que trabalham, mas ainda assim vivem na pobreza.

Marcelo Rebelo de Sousa ajudou na organização dos alimentos, tirou as habituais “selfies” e ainda aproveitou para almoçar com os voluntários.

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