Exclusivo

Política

Último orçamento de Costa aprovado numa despedida engolida pela campanha eleitoral

Último orçamento de Costa aprovado numa despedida engolida pela campanha eleitoral
PEDRO NUNES

Primeiro-ministro emocionou-se quando bancada do PS o aplaudiu de pé. A escassos dias de ficar em ‘gestão’, Governo foi à AR aprovar o último orçamento da era Costa e Medina defendeu herança que deixa aos próximos. Mas o tom das bancadas era outro: cheira a campanha eleitoral

Último orçamento de Costa aprovado numa despedida engolida pela campanha eleitoral

Rita Dinis

Jornalista

Aprovado que estava o Orçamento do Estado para 2024 (ou pelo menos para parte do ano, até novo Governo o substituir), António Costa saiu do plenário do Parlamento e, acompanhado dos seus ministros, parou por breves instantes para a defesa da honra final. “Ao longo destes oito anos, foi possível demonstrar que é possível uma política económica que aposta em emprego e qualificações, apostar também em investimento empresarial e maior capacidade de exportação”. Foram oito anos, disse, a provar um ponto e a mostrar resultados: “Foram oito anos de convergência económica com a União Europeia, coisa que não acontecia desde o princípio do século.”

Para Costa e Fernando Medina, que tinha feito o discurso de encerramento do Orçamento do Estado, o governo provou que reduzir a dívida e do défice não era nenhum “capricho ou fetiche”. Foi isso, dizem, que permitiu ao país ter hoje opções de escolha. “O país tem hoje mais capacidade, mais liberdade e poderá seguramente prosseguir uma trajetória de continuada melhoria”, acrescentou ainda António Costa na curtíssima declaração que fez, sem responder a perguntas, a fechar um ciclo. A ideia era mostrar que, ao contrário do que aconteceu em 2015, quando o PS chegou ao Governo e herdou uma dívida pública na ordem dos 131,2% do PIB, não é isso que o governo socialista entrega como herança ao governo que há de vir.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rdinis@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate