A demissão de António Costa deixa várias incógnitas sobre a gestão do país no breve trecho. Os socialistas têm sido sempre bastante críticos sobre o que pode e não um governo fazer quando o prazo de fim de vida está marcado e por isso as opções estratégicas importantes que estão em cima da mesa ficam assim comprometidas, com a privatização da TAP à cabeça.
Nos próximos meses, havia vários dossiês importantes em cima da mesa. Além da negociação com os médicos, que ainda decorrem com as reuniões de quarta-feira a não serem desmarcadas, há decisões estratégicas que ficam penduradas: o Orçamento do Estado para 2024, a privatização da TAP e ainda a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa. Na sua declaração de demissão, António Costa disse que se mantém em funções até ser substituído, mas também disse outro pormenor relevante para a capacidade de governo: o Presidente aceitou a demissão, mas ainda vai ponderar a partir de que data irá produzir efeitos.
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