Unânimes no repúdio à morte de civis em Israel, os partidos voltaram a assinalar esta quarta-feira diferenças, no Parlamento, face à escalada do conflito com o Hamas. Se o PS e a direita reconheceram o direito de autodefesa de Israel após a ofensiva do grupo terrorista, os partidos mais à esquerda insistiram no direito à autodeterminação da Palestina. Nesta ala política foram, ainda assim notórias, nuances – com o Bloco a condenar já os crimes cometidos pelo Hamas, enquanto o PCP continuou sem mencionar a organização terrorista.
“O PCP não consegue utilizar a palavra Hamas”, atirou o deputado do PSD Alexandre Poço, presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Israel, notando uma “evolução” da posição do BE, depois de Mariana Mortágua ter condenado esta manhã os “crimes de guerra cometidos pelo Hamas”.
Numa declaração política sobre o tema, o deputado social-democrata disse esperar que a resposta do Estado de Israel tenha “proporcionalidade". "É o novo Holocausto de 2023. A selvageria terrorista condena-se e combate-se, não admite justificativas", declarou Alexandre Poço, sublinhando que o Hamas tem refém a população da Faixa de Gaza que usa como “escudo humano".
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