Sentado ao lado do líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, e do ministro das Finanças, Fernando Medina, António Costa foi esta noite a uma reunião da bancada socialista explicar a proposta de Orçamento do Estado para 2024 que, nos corredores do PS, tem sido descrita ao Expresso desde ontem como uma das proposta de Orçamento mais “defensáveis” dos últimos anos. Isto porque, apesar de partir de um excedente “não demasiado excessivo”, também reduz impostos sobre o rendimento, aumenta pensões, salários e prestações sociais, reduz a dívida e equilibra as contas, e reserva uma fatia para o investimento que, esse sim, pode ser apontado como o calcanhar de Aquiles.
Numa intervenção sintética, o primeiro-ministro explicou um por um os vários pilares do Orçamento, alertando desde logo para a prudência necessária devido ao cenário internacional adverso e incerto. “Vamos ter condições externas adversas no próximo ano”, disse, alertando para a desaceleração da economia global e a recessão em que já entraram algumas das principais economias europeias, como a alemã, e sublinhando que esse cenário conduz invariavelmente a “maiores dificuldades no investimento empresarial”. “Não podemos antever para o próximo ano um nível de investimento e procura externa tão grande como até agora”, avisou.
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