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Medina agarra-se às contas certas: distribui mais, mas guarda excedente “histórico” para criar um fundo

Medina agarra-se às contas certas: distribui mais, mas guarda excedente “histórico” para criar um fundo
NUNO BOTELHO

Ministro das Finanças remete resolução de problemas na habitação e na saúde para os ministros setoriais. Fernando Medina cria fundo com dinheiro do excedente orçamental para pós-Costa.

Medina agarra-se às contas certas: distribui mais, mas guarda excedente “histórico” para criar um fundo

Liliana Valente

Coordenadora de Política

“Recordem-se deste valor”, escapou-lhe a dada altura na conferência de imprensa que durou quase duas horas e meia. 230 euros por cada residente em Portugal é o valor anual que materializa o mantra do ministro das Finanças, as “contas certas”, e o valor que cada português poupa por, desde 2015, se ter reduzido a dívida pública. Fernando Medina apresentou esta terça-feira o Orçamento do Estado para 2024 que quer que seja “histórico” no excedente orçamental ao mesmo tempo que quer que o seja na redução de IRS para a classe média, ligeiramente superior ao pedido pela oposição.

“Sem eleitoralismo”

Este é um orçamento diferente dos anteriores. Com uma perspetiva de abrandamento da inflação mas ainda a reter os ganhos fiscais da inflação alta, Fernando Medina jogou todas as fichas numa medida-bandeira, pouco usual nos últimos orçamentos, a redução de IRS ao mesmo tempo que vende que consegue a quadratura do círculo: baixar impostos, reduzir a dívida e apresentar excedente orçamental (de 0,8% para este ano e 0,2% para 2024).



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