Política

Veto de Marcelo ao diploma sobre carreira dos professores foi “oportunidade perdida”, diz Marques Mendes

Veto de Marcelo ao diploma sobre carreira dos professores foi “oportunidade perdida”, diz Marques Mendes

No seu espaço de comentário ao domingo, o ex-líder do PSD decretou o fim do estado de graça do ministro da Saúde e garantiu que o estatuto da comissão executiva do SNS, que continua por aprovar, “só chegou ao Ministério das Finanças há um mês”. Fernando Medina foi, de resto, apresentado como “uma boa exceção” no Governo por ter “pensamento estruturado” e “obra”

O conselheiro de Estado Marques Mendes considera que o veto do Presidente da República ao diploma sobre a progressão da carreira dos professores foi “uma oportunidade perdida”. Dizendo-se “surpreendido” com o veto de Marcelo Rebelo de Sousa – “não estava à espera” –, o antigo líder do PSD viu nele uma oportunidade para “uma negociação suplementar”, “um mediador independente” e “um acordo com cedências de ambas as partes”.

Mas tudo isto acaba por cair por terra depois de Marcelo ter admitido promulgar o diploma na sequência de “uma alteração meramente cosmética” feita pelo Governo, declarou Marques Mendes, no seu habitual espaço de comentário de domingo na SIC. “Em termos práticos não vai mudar coisíssima nenhuma. Quem sai derrotada é a escola pública. É uma pena, mas infelizmente é a vida quando as posições de ambos os lados estão radicalizadas”, acrescentou.

Quanto ao ministro da Saúde, o antigo presidente social-democrata disse que Manuel Pizarro “viu acabado o seu estado de graça”. Apesar de ter conseguido “pacificar o sector” quando entrou em funções há 11 meses, “foi sol de pouca dura”. Acresce que o estatuto da comissão executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) continua por aprovar, sendo que, adiantou Marques Mendes, o estatuto “só chegou ao Ministério das Finanças há um mês” – “apurei de fonte segura”, garantiu. De resto, “continua a faltar um projeto de transformação do SNS”.

Já o ministro das Finanças mereceu elogios do comentador por ter anunciado o fim das cativações no próximo ano. Fernando Medina foi “corajoso” porque, com esta medida, “está a criticar Mário Centeno”, ex-ministro da pasta e atual governador do Banco de Portugal. “As cativações criaram o vício de orçamentos falsos”, sublinhou Marques Mendes, levando também a “uma desresponsabilização dos ministérios sectoriais”. Por isso, concluiu, Medina tem-se destacado como “uma boa exceção” no Governo por ter “pensamento estruturado” e por apresentar “obra”, tendo como objetivo a descida do peso da dívida pública no PIB.

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