Ferro Rodrigues mal se cruzara com Marcelo Rebelo de Sousa quando, em 2015, chegou a Presidente do Parlamento e viu, meses depois, Marcelo chegar a Presidente da República, mas durante seis anos seguintes firmaram uma amizade improvável de que António Costa foi beneficiário líquido e é no papel de voz-charneira que Ferro cheirou a urgência de vir agora tocar as sirenes. Num artigo publicado no Público escreve que “é imperioso e urgente reconstituir a confiança interinstitucional". A começar pela confiança entre primeiro-ministro e Presidente da República.
Os recados que deixa são para os dois, mas o verdadeiro destinatário do seu artigo é Marcelo Rebelo de Sousa. Sem esconder que o momento lhe exige que tome partido - “Há momentos em que a não intervenção pode ser confundida com neutralidade” - o ex-Presidente do Parlamento e ex-líder do PS não esconde que a crise política instalada, a fragilidade do Governo com o caso Galamba e as dúvidas sobre o que fará o Presidente da República de quem muitos esperam que dissolva o Parlamento, pedem-lhe que se dirija sobretudo ao Chefe de Estado.
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