“Ontem foi ontem, hoje é um novo dia. E olhem para o céu, como está bonito”. Eram 10h30 da manhã do primeiro dia do resto das vidas de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. O primeiro-ministro estava em Braga, a liderar a comitiva de ministros que se encontra no distrito entre esta quarta e quinta-feira no âmbito da iniciativa Governo + Próximo, e respondia desta forma às perguntas insistentes dos jornalistas sobre o estado das relações entre Belém e São Bento depois de o Presidente da República ter mostrado desacordo por o primeiro-ministro não ter demitido João Galamba.
O dia amanheceu, de facto, bonito, com sol e céu limpo. António Costa tinha ido para Braga logo na terça-feira à noite, depois do murro na mesa dado em São Bento que foi entendido por todos como uma forma de mostrar ao Presidente que, por um lado, é ao primeiro-ministro que cabe escolher e demitir os seus ministros, e, por outro, que o Governo tem de ter espaço para governar e não pode viver ensombrado pelas constantes “ameaças” de dissolução por parte do chefe de Estado. Já Marcelo, depois da conferência noturna de António Costa, limitou-se a divulgar uma nota onde vincava o “desacordo” com a decisão do primeiro-ministro, sem dizer, contudo, o que faria a seguir. Depois, remeteu-se ao silêncio.
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