Mais duas: já há nove localizações em estudo para novo aeroporto de Lisboa. Monte Real e Alcochete+Portela entram na lista
João Carlos Santos
Além das cinco oções propostas pelo Governo, a comissão técnica independente tem luz verde para alargar o leque de localizações em estudo. Depois de ter incluído Alverca e Beja, peritos equacionam acolhem também Monte Real e avançam com combinação Alcochete com Portela, segundo a presidente da comissão ao jornal “Público”
A comissão técnica independente que está a estudar a localização do novo aeroporto de Lisboa tem já nove hipóteses em cima da mesa. Além das cinco opções estabelecidas pelo Governo à cabeça (Portela mais Montijo, Montijo mais Portela, Alcochete, Portela mais Santarém, e Santarém), entraram depois as opções Alverca e Beja, estando agora em jogo também duas outras soluções - Monte Real e a combinação Alcochete mais Portela.
Segundo declarações da presidente da comissão, Rosária Partidário, ao jornal Público, a “solução Monte Real” foi acolhida pela comissão depois de a câmara municipal de Leiria ter apresentado a proposta, e a hipótese Alcochete+Portela foi acrescentada pela própria comissão, que tem luz verde do Governo para o fazer até dia 27 de abril, altura em que a lista final de hipóteses será apresentada.
“A solução Portela como aeroporto principal com o Campo de Tiro de Alcochete como complementar é a única colocada por nós, por uma questão de coerência”, disse a presidente da comissão àquele jornal. A hipótese Ota, segundo o Público, não foi proposta por ninguém à comissão.
Da lista final terão de constar, obrigatoriamente, as cinco hipóteses apresentadas pelo Governo quando, em novembro do ano passado, e depois de ter chegado a acordo com o PSD de Luís Montenegro, mandatou a comissão liderada por Rosário Partidário para dar seguimento ao processo. Além das várias combinações possíveis entre Portela, Montijo e Alcochete, também a hipótese de Santarém entrou no leque ‘obrigatório’ a pedido do PSD. Agora, junta-se também Alverca, Beja e Monte Real.
Criada no final do ano passado, e instalada no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) em Lisboa, a comissão técnica independente é presidida pela professora Rosário Partidário e conta com uma equipa de seis coordenadores técnicos, entre os quais a professora universitária Rosário Macário, especialista em Planeamento e Operação de Sistemas de Transportes, que ficou responsável pela coordenação da área de planificação aeroportuária.
Depois de fechada a lista de possíveis localizações, a comissão técnica terá de levar as hipóteses à Comissão de Acompanhamento, liderada pelo engenheiro Carlos Mineiro Aires. Este foi o modelo de trabalho a que Governo e PSD chegaram a acordo, depois de o primeiro-ministro ter revogado o despacho assinado pelo ainda ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos onde dava seguimento unilateral a um plano que passava por três vias: obras na Portela, depois Montijo de forma temporária e depois Alcochete. Para António Costa, contudo, a solução encontrada teria de ser acordada com o maior partido da oposição e o despacho foi revogado.
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