Este ato de insubordinação ficará na "memória", diria minutos depois aos jornalistas. A “revolta da Bounty, na Royal Navy, em 1789”, também ficou, fez questão de lembrar no discurso. Em março do ano passado, o almirante Gouveia e Melo já tinha feito um discurso violento para os fuzileiros - “não quero arruaceiros na Marinha”, disse -, na sequência do homicídio de um polícia à pancada. Um ano depois, o chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) foi à Madeira falar “olhos nos olhos” com a guarnição do “Mondego”, o ‘patrulhão’ onde 13 militares se revoltaram e recusaram embarcar para acompanhar um navio russo ao largo de Porto Santo. “Os nossos aliados, mais tarde ou mais cedo, terão certamente notícia”, disse aos amotinados. “Este ato, que me entristece profundamente”, depois de realizado “não tem retorno, é como se ganhasse uma vida própria", e "já não é possível ignorar”.
A discursar com os 29 militares da guarnição perfilados no convés, assumiu que “podem estar em causa, para além das infrações disciplinares, questões de foro criminal”. Ou seja, no limite, foi uma forma de lhes lembrar que podem ir presos depois de um julgamento. “Sinceramente, não vos consigo entender, nem perceber bem as vossas motivações e certamente a vossa interpretação peculiar do dever de tutela e de disciplina”, criticou.
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