Exclusivo

Política

Marinheiros de carbono vs. marinheiros de silício: porta-drones de Gouveia e Melo pode derrapar €34 milhões

Marinheiros de carbono vs. marinheiros de silício: porta-drones de Gouveia e Melo pode derrapar €34 milhões
TIAGO MIRANDA

A Marinha fez uma apresentação do navio multifunções e dos investimentos do PRR, que podem derrapar 30%, de €110 milhões para €144 milhões. O almirante Gouveia e Melo responsabiliza a inflação por os Estaleiros de Viana do Castelo terem deixado deserto o concurso para o porta-drones. Mesmo assim, espera que a empresa não aumente o preço. Secretário de Estado apela ao privado para partilhar riscos. É um navio onde os marinheiros de silício têm mais importância que os de carbono

Marinheiros de carbono vs. marinheiros de silício: porta-drones de Gouveia e Melo pode derrapar €34 milhões

Vítor Matos

Jornalista

Marinheiros de carbono vs. marinheiros de silício: porta-drones de Gouveia e Melo pode derrapar €34 milhões

Tiago Miranda

Fotojornalista

A diferença, no futuro, não será entre marinheiros de água doce e velhos lobos do mar. Com a robotização da Armada, a diferença será entre as “unidades de carbono” que operam “lado a lado com os marinheiros de silício”, como disse o capitão de-fragata João Piedade esta terça-feira, numa apresentação sobre os projetos da Marinha financiados pelo PRR, que decorreu no Arsenal do Alfeite. Entre os projetos, destaca-se o navio multifunções - mais conhecido como ‘porta-drones’ - e que teria um custo de cerca de €110 milhões de fundos europeus, estimado inicialmente, mas que poderá derrapar 30% para os €144 milhões por causa da inflação.

João Piedade, chefe da Divisão de Inovação e Transformação da Armada, acrescentava que, naquele navio, vai dar-se “mais relevância ao silício do que ao carbono”. Unidades de carbono, ou seja, militares, seres humanos. Unidades de silício, quer dizer robôs, drones, computadores, inteligência artificial. Um navio com mais preponderância de máquinas e processadores que de pessoas.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate