3 fevereiro 2023 22:08

Carlos Moedas e Marcelo Rebelo de Sousa em visita ao Parque Tejo em agosto
ana baião
Obras em Lisboa fizeram estalar o verniz. Representantes do Governo e da Câmara não se sentam à mesma mesa
3 fevereiro 2023 22:08
Baixar custos, sim, pôr em causa alguns preceitos habituais de uma Jornada Mundial da Juventude (JMJ), não. A possibilidade aventada na última semana de passar os eventos do Parque Eduardo VII para o espaço principal, no Parque Tejo, não agrada a ninguém. E por isso, apesar da necessidade de responder ao apelo da sociedade e à exigência de Marcelo Rebelo de Sousa, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Igreja estão a tentar segurar o espaço no coração da cidade para o acolhimento ao Papa Francisco.
Embora tenha sido o altar-palco do Parque Tejo o centro da polémica que pôs a classe política a falar da JMJ, foi o projeto desenhado para o Parque Eduardo VII que levou Marcelo a pedir um travão a fundo. Esse projeto, que custaria entre 1,5 e 2 milhões já foi descartado, mas não a localização. É para lá que está pensada a missa de abertura do evento, a via-sacra, mas sobretudo a sessão de acolhimento ao Papa — não o receber no centro da cidade, como acontece sempre na JMJ pelo mundo, seria uma desconsideração, “uma tristeza”, como descreve ao Expresso fonte da organização.