Carlos Moedas admite rever palco-altar: “aquilo que for a vontade do Presidente e da Igreja, eu farei”
TIAGO PETINGA
Após o bispo Américo Aguiar admitir tentar baixar custo do altar-palco, Carlos Moedas veio também mostrar abertura da Câmara de Lisboa para “rever” e “melhorar” o projeto. O autarca garante que irá cumprir com a vontade de Marcelo e da Igreja, mas alerta que projeto “tem de ser feito”
Na apressada conferência de imprensa conduzida pelo bispo D. Américo Aguiar, bispo-auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ, foi dada luz verde à revisão do projeto do palco altar – que custaria mais de cinco milhões de euros – para diminuir os custos. Ainda durante as declarações do bispo, Carlos Moedas veio falar aos jornalistas e esclareceu que irá fazer aquilo que for as indicações do presidente da República e da igreja. “Aquilo que for a vontade do PR e da igreja, eu aceitarei e farei”. O presidente da Câmara de Lisboa admitiu “melhorar” e “rever” o projeto, mas lembrou que faltam “186 dias” para o início das Jornadas da Juventude e que é preciso “ir para a frente”.
Apesar de abrir portas à alteração do projeto, Carlos Moedas pediu por “sentido de dimensão” e de “escala”. Como exemplo, o autarca utilizou o orçamento estimado para a construção de outras infraestruturas. “Entre casas de banho e ecrãs pode chegar-se aos oito milhões de euros”. O presidente da Câmara de Lisboa lembrou ainda o “retorno” que as jornadas – que classificou o “maior evento das nossas vidas” – ainda vai trazer ao país e que estes eventos “transformam” a cidade e deixam infraestruturas para o “futuro”. Carlos Moedas pediu ainda que se olhasse para estes custos como “investimento” e prometeu que, quando as jornadas arrancarem, “todos” vão ficar “muito orgulhosos”.
Ainda sobre os custos totais das jornadas, o autarca garantiu que não custará “mais de 35 milhões de euros”, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, em Madrid. Carlos Moedas fez questão de sublinhar que assume “as responsabilidades que tiver que assumir” e dá “o corpo às balas” por um evento “único” e “extraordinário”. “Estou muito bem com a minha consciência”, remata.
Quanto ao projeto apresentado por Sá-Fernandes, esta quarta-feira, na SIC, o atual autarca diz desconhecer. “Não conheço esse projeto, mas é muito triste que alguém responsável venha apresentar números errados”. Ainda numa crítica ao anterior executivo, Carlos Moedas repetiu ter chegado “há um ano”, altura em que “nada” tinha sido feito. Agora, prioridades passam por “avançar” e “acelerar” a obra.
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