João Galamba vai ser ministro das Infraestruturas e Marina Gonçalves fica com novo Ministério da Habitação
Ana Baiao
Presidente da República aceitou divisão do ministério de Pedro Nuno Santos. A secretária de Estado da Habitação sobe a ministra e João Galamba também sobe, passado do Ambiente para as Infraestruturas. Ambos são próximos do ministro demissionário. Primeiro-ministro fala às 18h30
O primeiro-ministro, António Costa, decidiu dividir em dois o Ministério das Infraestruturas e Habitação, entregando as Infraestruturas a João Galamba, atual secretário de Estado da Energia e do Ambiente,e fazendo subir Marina Gonçalves de secretária de Estado a ministra da Habitação. A alteração foi anunciada pela Presidência da República, numa nota em que Marcelo Rebelo de Sousa dá conta que aceitou a divisão do ministério que até agora era tutelado por Pedro Nuno Santos.
“O Presidente da República aceitou a proposta do Primeiro-Ministro da criação do Ministério das Infraestruturas e do Ministério da Habitação, por divisão do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, e aceitou a proposta do Primeiro-Ministro de nomeação de João Saldanha de Azevedo Galamba, como Ministro das Infraestruturas, e de Marina Sola Gonçalves, como Ministra da Habitação”, lê-se na nota divulgada no site da Presidência da República. Já o primeiro-minsitro marcou, entretanto, uma declaração para as 18h30.
António Costa optou assim por, mais uma vez, resolver problemas no Governo com a subida de secretários de Estado a ministros. Mas também abre a porta a mais alterações no Executivo, uam vez que terá de substituir Galamba no Ambiente, onde é secretário de Estado da Energia e do Ambiente. Duarte Cordeiro, o ministro do Ambiente terá, assim, de escolher novo nome para esse cargo ou até dois novos nomes, se optar por voltar a separar Ambiente e Energia.
Nascido em Lisboa, em 1976, João Galamba é licenciado em Economia e chegou ao Parlamento em 2009. Por lá ficou, em várias funções de coordenação, até ir para o Governo em 2018 como secretário de Estado da Energia. Depois das eleições de 2019, continuou no caergo e passou a acumular Energia e Ambeinte já em março deste ano, com Duarte Cordeiro a ministro. A junção de Ambiente e Energia sob o mesmo secretário de Estado foi, aliás, uma das questões orgânicas criticadas no Governo de maioria absoluta.
Marina Gonçalves, de 34 anos, entrou em funções em 2020
Marina Gonçalves já era uma das governantes mais novas, agora passa a ser a ministra mais nova deste Governo. Nascida em Caminha em 1988 é licenciada em Direito. Exerceu pouco tempo como advogada. Em 2015, aos 27 anos, começou a trabalhar como assessora de Pedro Nuno Santos, então secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares. E, antes, já desempenhava funções de assessoria no grupo parlamentar do PS.
A proximidade a Pedro Nuno Santos leva-a a chefe de gabinete, primeiro nos Assuntos Parlamentares, depois já no Ministério das Infraestruturas, onde passou a secretária de Estado da Habitação depois da saída de Ana Pinho, posição que manteve no atual executivo. Pelo meio, entre 2019 e 2020, voltou ao Parlamento como deputada e vice-presidente do grupo parlamentar do PS.
Com a demissão de Pedro Nuno Santos do Governo, na sequência da crise aberta pela divulgação da indemnização a Alexandra Reis pela saída da TAP, Marina Gonçalves também cairia do Governo, como o outro secretário de Estado, Hugo Mendes.
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