Política

Costa tem de responder “se e porque interferiu junto do Banco de Portugal para manter Isabel dos Santos intocável”, diz PSD

António Leitão Amaro
António Leitão Amaro
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No capítulo de um livro, ainda por publicar, o ex-governador Carlos Costa afirma que o primeiro-ministro lhe disse que “não se pode tratar mal a filha de um Presidente de um país amigo de Portugal”

Costa tem de responder “se e porque interferiu junto do Banco de Portugal para manter Isabel dos Santos intocável”, diz PSD

Hélder Gomes

Jornalista

António Leitão Amaro, vice-presidente do PSD, tinha um desafio para fazer ao primeiro-ministro e, por isso, despachou a demissão de Miguel Alves do Governo com a resposta: “Não é uma novidade.” “O que é novidade, e o senhor primeiro-ministro deve responder ao país, é se e porque interferiu junto de uma instituição independente, do governador do Banco de Portugal, para manter, aparentemente, Isabel dos Santos intocável”, disse.

À entrada para o Conselho Nacional extraordinário do partido, que se realiza esta quinta-feira em Lisboa, Leitão Amaro insistiu que “essa é a novidade a que o primeiro-ministro tem de responder”.

Num capítulo do livro “O Governador”, de Luís Rosa, pré-publicado no jornal “Observador”, Carlos Costa afirma que o primeiro-ministro lhe disse que “não se pode tratar mal a filha de um Presidente de um país amigo de Portugal”.

À entrada para a reunião da Comissão Política do PS, António Costa admitiu processar o antigo governador do Banco de Portugal por ofensa à sua honra, depois de Carlos Costa dizer que foi pressionado para não retirar Isabel dos Santos do BIC.

Para o vice-presidente do PSD, “isso não é nenhuma explicação e não é nenhuma resposta”. “O primeiro-ministro tem de responder se e porquê”, insistiu.

Fonte oficial do primeiro-ministro revelou ao Expresso que António Costa “constituiu seu advogado Manuel Magalhães e Silva para adotar os procedimentos legais adequados contra Carlos Costa, tendo em conta as declarações proferidas que são ofensivas do seu bom nome, honra e consideração”.

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