Numa nota à imprensa, Isaltino Morais lamenta, enquanto presidente da Câmara de Oeiras e pessoalmente, que guerras internas em estruturas do PSD, “através de denúncias anónimas”, arrastem o seu nome para a praça pública. “Que fique claro: no Município de Oeiras não há trocas de favores e de lugares ou uso de dinheiros públicos para adquirir poder nas estruturas de partidos”, afiança o autarca alvo de buscas, esta terça-feira.
O autarca independente escreve que nenhuma das empresas “suspeitas de fazer contratos fictícios com a administração para proveitos próprios foi contratada pelo Município (incluindo o SIMAS de Oeiras e Amadora)” durante o seu mandato.
“Nada tenho a ver com as perseguições internas do Partido Social Democrata, partido do qual não sou militante há já quase 20 anos”, lembra Isaltino Morais, que abandonou o seu partido de sempre em 2005 após Luís Marques Mendes ter travado a sua recandidatura à Câmara do Oeiras por estar a ser investigado por suspeita de crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.
No comunicado, o autarca garante que, em relação à contratação da secretária do gabinete do PSD da Câmara de Oeiras, lembra que os “gabinetes dos partidos escolhem nos serviços os funcionários que tenham vontade e disponibilidade para colaborarem (na falta destes, contratando)”, sem interferência do Presidente da Câmara.
“Não interferi na contratação da secretária do gabinete do PSD na Câmara Municipal de Oeiras e nem sequer sabia, até ontem, que a senhora era mãe do candidato do PSD à Câmara de Oeiras, Alexandre Poço”, acrescenta, apelando “a bem do regime democrático e no respeito pelo bom nome e dignidade das pessoas, em geral, e dos titulares de cargos políticos, em particular” para que as autoridades de investigação e a imprensa tomem medidas que impeçam julgamentos na praça pública.
Em causa está a contratação por ajuste direto de Maria António Silva, “mãe de Alexandre Poço, eleito vereador nas autárquicas de 2021, mas que pediria a suspensão do mandato em janeiro deste ano, alegando “não reunir condições para a continuidade do mandato”. Segundo o Observador, a sua sucessora na vereação“, a social-democrata Susana Duarte, assinou com a mãe do candidato derrotado “um contrato de prestação de serviços de assessoria técnica e política por um prazo de 11 meses”.
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