Política

Isaltino Morais lamenta que guerras internas do PSD arrastem o seu nome para a praça pública

Isaltino Morais lamenta que guerras internas do PSD arrastem o seu nome para a praça pública
Joao Lima

Presidente da Câmara de Oeiras afirma que no município não há trocas de favores ou uso de dinheiros públicos para adquirir poder nas estruturas de partidos. Isaltino Morais afiança que só esta terça-feira ficou a saber que a secretária do gabinete do PSD na Câmara era mãe de Alexandre Poço, vereador que suspendeu funções em janeiro

Numa nota à imprensa, Isaltino Morais lamenta, enquanto presidente da Câmara de Oeiras e pessoalmente, que guerras internas em estruturas do PSD, “através de denúncias anónimas”, arrastem o seu nome para a praça pública. “Que fique claro: no Município de Oeiras não há trocas de favores e de lugares ou uso de dinheiros públicos para adquirir poder nas estruturas de partidos”, afiança o autarca alvo de buscas, esta terça-feira.

O autarca independente escreve que nenhuma das empresas “suspeitas de fazer contratos fictícios com a administração para proveitos próprios foi contratada pelo Município (incluindo o SIMAS de Oeiras e Amadora)” durante o seu mandato.

“Nada tenho a ver com as perseguições internas do Partido Social Democrata, partido do qual não sou militante há já quase 20 anos”, lembra Isaltino Morais, que abandonou o seu partido de sempre em 2005 após Luís Marques Mendes ter travado a sua recandidatura à Câmara do Oeiras por estar a ser investigado por suspeita de crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

No comunicado, o autarca garante que, em relação à contratação da secretária do gabinete do PSD da Câmara de Oeiras, lembra que os “gabinetes dos partidos escolhem nos serviços os funcionários que tenham vontade e disponibilidade para colaborarem (na falta destes, contratando)”, sem interferência do Presidente da Câmara.

“Não interferi na contratação da secretária do gabinete do PSD na Câmara Municipal de Oeiras e nem sequer sabia, até ontem, que a senhora era mãe do candidato do PSD à Câmara de Oeiras, Alexandre Poço”, acrescenta, apelando “a bem do regime democrático e no respeito pelo bom nome e dignidade das pessoas, em geral, e dos titulares de cargos políticos, em particular” para que as autoridades de investigação e a imprensa tomem medidas que impeçam julgamentos na praça pública.

Em causa está a contratação por ajuste direto de Maria António Silva, “mãe de Alexandre Poço, eleito vereador nas autárquicas de 2021, mas que pediria a suspensão do mandato em janeiro deste ano, alegando “não reunir condições para a continuidade do mandato”. Segundo o Observador, a sua sucessora na vereação“, a social-democrata Susana Duarte, assinou com a mãe do candidato derrotado “um contrato de prestação de serviços de assessoria técnica e política por um prazo de 11 meses”.

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