Política

Mariana Vieira da Silva sai em defesa de acordo para interligações energéticas. Para o PSD “é sempre mau”, critica ministra

Mariana Vieira da Silva sai em defesa de acordo para interligações energéticas. Para o PSD “é sempre mau”, critica ministra
RODRIGO ANTUNES/LUSA

“Este acordo é importantíssimo para Portugal e para a UE” e “elogiado pelos principais primeiros-ministros dos países europeus”, sublinha a governante. Horas antes, o social-democrata Paulo Rangel disse que o acordo “prejudica o interesse nacional”

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, reagiu ao arraso do PSD relativamente ao acordo anunciado entre a Península Ibérica e França para as interligações energéticas. “A única coisa que o PSD sabe dizer é que quando não há acordo é mau, quando há acordo é mau, é sempre mau”, lamentou este sábado a governante horas depois de o primeiro vice-presidente social-democrata, Paulo Rangel, ter dito que o acordo “prejudica o interesse nacional” e que “Portugal ficou para trás” face a Espanha e França.

“Este acordo é importantíssimo para Portugal e para a União Europeia [UE] e, por isso, é um encontro de vontades entre Portugal, Espanha e os restantes países europeus”, contrapôs Mariana Vieira da Silva. A governante acrescentou que o que “se espera de um país num momento difícil é que, no espaço da UE, o espaço a que pertencemos, se possa bater pelas melhores soluções” e “alcançar um acordo que ninguém esperava”. O PSD “ainda não percebeu” que “temos, neste momento, um Governo que defende o país de igual para igual junto da UE e também com os nossos vizinhos europeus”, atirou ainda.

Para Vieira da Silva, trata-se de “um acordo elogiado pelos principais primeiros-ministros dos países europeus, que destacam a [sua] importância, não apenas para a Península Ibérica – e, portanto, também para Portugal –, mas para a segurança energética de toda a Europa”. “E a única coisa que o PSD sabe dizer é que o acordo não serve porque, na verdade, o PSD nunca compreendeu que é possível esta pertença portuguesa na Europa diferente da que existia até 2015”, insistiu.

A governante falava aos jornalistas em Braga, à margem do périplo que dirigentes do PS estão a fazer para apresentar aos militantes socialistas a proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano em todas as federações distritais do partido.

Dois dias depois do acordo anunciado entre o Presidente francês e os primeiros-ministros espanhol e português, Rangel apontou que “ganharam o nuclear e a França na eletricidade” e “ganharam a Espanha e o porto de Barcelona no gás”. Em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa, o vice-presidente adiantou que os sociais-democratas exigem conhecer o acordo “na íntegra” e irão promover “todas as diligências ao seu alcance na Assembleia da República e junto das instituições europeias”. Rangel carregou ainda mais nas críticas ao dizer que, “em matéria de interconexões, na quinta-feira, pela mão de António Costa, trocámos o valor das nossas renováveis e o potencial do porto de Sines por um prato de lentilhas, passámos de cavalo para burro”.

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