A discussão sobre uma estrutura sindical ligada ao partido de André Ventura já tem um par de meses. No dia em que o presidente do Chega a formalizou, o Expresso voltou a ouvir um investigador em Política Comparada, segundo o qual o partido “quer implementar um modelo muito similar ao do PCP com a CGTP”. Ainda assim, Ventura rejeita qualquer “obsessão em acabar com o PCP”
O domínio já está registado, chama-se Solidariedade e o Chega espera que a federação sindical fique estabelecida até ao final do ano para, no início do próximo, fazer “uma primeira grande concentração”. “Em Portugal temos um meio sindical muito específico, muito ligado aos partidos de esquerda, nomeadamente as duas confederações existentes: a CGTP e a UGT”, começou André Ventura por lamentar esta segunda-feira, em conferência de imprensa, na sede nacional do seu partido, em Lisboa, onde também apresentou as suas propostas para a lei das incompatibilidades.
“O Chega, baseado no modelo espanhol, decidiu promover – não criar, porque não o pode fazer por lei –, dialogar para incentivar a criação de uma federação sindical”, acrescentou. O Solidariedade irá “agregar várias forças sindicais relacionadas com áreas-chave”, detalhou ainda o líder do Chega. E adiantou que, no início, as áreas primordiais de atuação serão “as polícias, os professores, a Administração Pública, os profissionais de saúde e os profissionais de segurança”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes