Política

Chega pede demissão da ministra Ana Abrunhosa

Chega pede demissão da ministra Ana Abrunhosa
JOSÉ SENA GOULÃO

André Ventura diz que “grande conflito ético” que já existia tornou-se numa “certeza política”. E cola-se a artigo de Cavaco Silva

O Chega pede a demissão da ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, depois de conhecida a notícia do Expresso que dá conta da associação entre o marido da governante e um empresário condenado por corrupção, na empresa que teve acesso a fundos europeus. “Estes factos aumentam a nebulosidade do contexto em que esses fundos foram obtidos e reforçam o carácter anti-ético dos procedimentos em causa. Sob pena da contínua deterioração da credibilidade governativa, o Senhor Primeiro-ministro não tem neste momento outra opção que não seja a remodelação da Ministra da Coesão Territorial", pede o Chega em comunicado.

Já na quinta-feira tinha sido André Ventura a levar o assunto da atribuição de fundos à empresa participada pelo marido da ministra ao debate com o primeiro-ministro, Na ocasião, António Costa defendeu a sua ministra. A questão “é ética”, dizia Ventura. Costa respondeu com a lei. “O parecer da PGR é inequívoco”, disse o primeiro-ministro, defendendo que nada foi apontado à condução do processo de atribuição de fundos.

“Já tinhamos duvidas legais, já tinhamos certezas éticas, agora o Chega tem também certezas políticas”, diz Ventura esta sexta-feira, num vídeo divulgado pelo partido, em que acentua como os “casos vão-se acumulando” neste Governo. “A continuidade da senhora ministra da Coesão vai ser apenas mais desgaste para o Governo, menos ética para as instituções”, continua o líder do Chega.

Para Ventura, a forma como o primeiro-ministro respondeu no Parlamento a este caso e o novo desenvolvimento “mostram bem como António Costa estava errado".

No vídeo divulgado pelo Chega, Ventura aproveita o embalo para se colar ao artigo de opinião de Cavaco Silva publicado esta sexta-feira no Público. Para Ventura, o ex-Presidente “deixa claro o estado de desorientação” do Governo e o “caminho para o desastre” a que está a levar o país.

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