Exatamente um ano depois, Carlos Moedas voltou ao local onde almoçou pela primeira vez enquanto presidente da Câmara de Lisboa (CML). No polo Olivais, em cerca de uma hora saltou de mesa em mesa na cantina da Divisão Municipal da Higiene Urbana, conversando e cumprimentando os funcionários de uma das áreas que mais marcou a segunda metade do ano político em Lisboa: o lixo. Assumindo que é “um problema que a cidade enfrenta”, Moedas insistiu na ideia que tem repetido desde que as queixas subiram de tom: o problema vai demorar a ser resolvido porque é “estrutural”. E vem da era António Costa em Lisboa.
“Houve uma reforma administrativa que criou um problema”, disse o autarca, à saída do almoço, perante um pequeno grupo de jornalistas. A reforma administrativa é de 2012, era então presidente da CML o atual primeiro-ministro, e, além da redução do número de freguesias, operou a transferência de várias competências da autarquia para as juntas (JF). Entre elas, a divisão da recolha de resíduos. “Há uma divisão do trabalho entre a Câmara e as juntas que não funciona”, frisa Moedas. “Quando pomos o balde do lixo, é a CML que retira; o que está à volta do lixo, é a JF.”
Agora chegou então o “momento de negociar isto”. “Espero que, com os vereadores [da oposição] e a Assembleia Municipal de Lisboa, possamos tomar a decisão de quem faz o quê.” Caso contrário, “a culpa é dividida entre todos e acho que na política isso é o pior.” Moedas não adianta datas, diz que as reformas não se fazem “com prazos ou avisos”, mas a promessa ficou feita.
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