As dezenas de convidados das marinhas da NATO, todos de farda branca e galões dourados, estão habituados a águas mais revoltas que as do Sado, que atravessaram num ferry, esta sexta-feira. No convés, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, e o chefe do Estado-Maior da Amada, almirante Gouveia e Melo, assistiam ao desfile de novas “tecnologias disruptivas” na área da Defesa. À frente do barco civil que todos os dias transporta carros e passageiros de Setúbal para Troia, exibia-se uma lancha turca não tripulada - vulgo drone de superfície - sobrevoada por vários drones de países diferentes. Ao fundo, recortavam-se no nevoeiro matinal duas fragatas (uma britânica e outra portuguesa), um draga-minas britânico e um navio polivalente logístico holandês.
Eram parte dos exercícios REPMUS & DYMS22, que juntou 17 Marinhas da NATO (a que se somam Finlândia, Suécia e Ucrânia como observadores), e que mobilizou cerca de 40 submarinos não tripulados, 18 drones de superfície e 45 drones aéreos. Primeiro, para experimentarem e testarem estes meios num ambiente de interoperabilidade entre Marinhas e, numa segunda fase dos exercícios, para os empenharem já num domínio operacional.
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