2 setembro 2022 10:16

Marta Temido demitiu-se na segunda-feira, atrapalhando o calendário de António Costa
tiago petinga/lusa
Apanhado de surpresa pela demissão de Marta Temido, António Costa deu tempo a si próprio para não precipitar a escolha do novo ministro e focou-se noutra prioridade: o pacote de 2 mil milhões de apoios para famílias e empresas com que, na segunda-feira, tentará virar a página da rentré da sua maioria absoluta
2 setembro 2022 10:16
A noite anterior tinha sido longa, o comunicado com a demissão de Marta Temido tinha chegado às redações depois da 1h da manhã. Mas na terça-feira a prioridade do primeiro-ministro não era encontrar um novo ministro da Saúde. “Ainda não tive oportunidade de pensar, não estava a contar com esta mudança”, afirmou entre reuniões, na residência oficial. Ao fim da tarde, mostrava via Instagram que a prioridade era outra.
“Reunimos esta tarde para preparar o Conselho de Ministros extraordinário da próxima semana, em que aprovaremos o pacote de medidas de apoio ao rendimento das famílias. Continuamos a trabalhar”, escreveu Costa, ao lado de fotografias com Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva, Duarte Cordeiro e António Mendonça Mendes, o quarteto que ultimou o pacote de €2 mil milhões que será anunciado na segunda-feira. A referência ao assunto do dia veio em nota de rodapé: “Agradeço todo o trabalho desenvolvido pela dra. Marta Temido, muito em especial no período excecional do combate à pandemia.” E andou para a frente: “O Governo prosseguirá as reformas em curso com vista a fortalecer o SNS e melhorar os cuidados aos portugueses.”