Política

Demissão no Chega: Mithá Ribeiro deixa vice-presidência depois de Ventura o afastar do Gabinete de Estudos

Demissão no Chega: Mithá Ribeiro deixa vice-presidência depois de Ventura o afastar do Gabinete de Estudos
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Pedido de demissão já tinha sido entregue em julho, mas mudança no gabinete de estudos precipitou saída do nome que chegou a ser candidato a vice-presidente do Parlamento

Gabriel Mithá Ribeiro, um dos recentes deputados do partido e que chegou a ser candidato do Chega a vice-presidente da Assembleia da República, demitiu-se de vice-presidente de André Ventura. Em comunicado enviado às redações, Mithá Ribeiro dá conta dessa demissão, mas também do facto que a precipita: o seu afastamento da direção do Gabinete de Estudos.

"Na sequência do meu pedido de demissão de vice-presidente do Chega, a 9 de julho do corrente ano, o mesmo torna-se inevitável face ao comunicado do meu afastamento do cargo de coordenador do Gabinete de Estudos por decisão de vossa excelência", escreveu Mithá Ribeiro a André Ventura, num mail que entrentanto também já publicou nas redes sociais.

O afastamento do coordenador do Gabinete de Estudos foi comunicado internamente ao partido este domingo, por André Ventura, que assume provisoriamente o lugar. "Nos termos das competências estatutariamente definidas e, tendo em vista o processo de reorganização dos vários órgãos partidários anunciado no último conselho nacional, fica atribuída ao presidente da Direção Nacional, provisoriamente e com efeitos imediatos, a coordenação do Gabinete de Estudos do partido até à aprovação, no próximo conselho nacional, da nova configuração orgânica deste", escreveu André Ventura num despacho distribuído internamente.

Mithá Ribeiro, que foi responsável pelo programa eleitoral do Chega e que tentava dar, no gabinete de estudos, alguma densidade ideológica ao partido, sai, assim, da direção em colisão com Ventura. O coordenador do programa tinha sido a segunda escolha de Ventura para vice-presidente do Parlamento, depois de não ter conseguido a eleição de outro ideólogo do Chega, Diogo Pacheco Amorim. Como nenhum dos dois conseguiu a eleição, o Chega vai tentar uma terceira eleição no recomeço dos trabalhos parlamentares.

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