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SEDES propõe Serviço Nacional de Cidadania

SEDES propõe Serviço Nacional de Cidadania
tiago miranda

A associação defende um serviço cívico que pode não ser nas Forças Armadas. A guerra mudou tudo

Quando era dirigente da Juventude Socialista e presidia à Associação de Jovens Médicos, na década de 90, Álvaro Beleza era uma das vozes contra o Serviço Militar Obrigatório ao lado de outras ‘jotas’ partidárias (menos a JCP) e organizações de juventude. Teve sucesso: acabou em 2004. Hoje, como presidente da SEDES, mudou de opinião: “Agora sinto-me um pouco responsável”, diz ao Expresso. “Na época fazia pouco sentido. Mas temos de reabrir o debate sobre um modelo de serviço militar e cívico como há noutros países. É umas das consequências da guerra.” Agora, o Presidente da República e os dois principais partidos recusam o regresso do SMO, mas a SEDES, que tradicionalmente congrega personalidades de PS e PSD, já propõe a criação de um Serviço Nacional de Cidadania (SNC).

Os dados oficiais dizem que as Forças Armadas têm menos 4200 militares do que os 32 mil previstos no quadro, e os números até são melhores que há um par anos (porque durante a pandemia as saídas foram congeladas). A redução da capacidade operacional e a sobrecarga do pessoal são as consequências sentidas pelos três ramos, sobretudo pela falta de praças (soldados e cabos), havendo já quase tantos oficiais e sargentos como pessoal para comandar. Se o assunto estava na agenda só pelas dificuldades no recrutamento, com a guerra e o novo paradigma de insegurança na Europa regressa o debate sobre um serviço militar ou cívico que aprofunde a ligação dos jovens ao país – e que sirva de base para a captação de contratados para as Forças Armadas.

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